Ao fazer este pedido muitas empresas acabam comprando 20 gramas de leads do tipo mais ou menos.
Mesmo para uma economia que venera o desperdício, é muito.
Quando as empresas percebem os 1k e 980 gramas de dinheiro e tempo jogados no lixo, começa um jogo que é familiar para a maioria das empresas – identificar, qualificar e priorizar os culpados. É rápido, tem uma ponta de vingança e é o mais fácil de jogar. Vamos atrás da Geni!
O fornecedor é isto, o pessoal de vendas é aquilo, o marketing é isto e aquilo, e as suas então!?
Não há dúvida, como o jogo é excitante – melhor que um vídeo game – mas não resolve o problema da empresa.
Fazer o quê?
A famosa frase brasileira, imortalizada pelos noticiários de TV, ao entrevistar os sofredores do dia a dia, pode se transformar de tantas e tantas vezes repetida, no que já acontece, uma resignação desnecessária. Pior, aceitar o desperdício como parte do negócio.
Mas como toda boa história esta tem solução e, quem sabe um final feliz.
Eis o que fazer:
– Considerar a geração e administração dos leads como parte da estratégia de novos negócios.
Você está pensando:
“Pera aí! Isto é óbvio!”
“Coisa de treinamento papai e mamãe.”
“Vou parar de ler.”
Por mais óbvio que seja, muitas empresas não o fazem. Os leads são tratados como um fim. O que acontece antes e depois de ele ser gerado. É deixado para um segundo plano.
Pense no rigor com que você trata o lançamento de um novo produto.
Raramente, alguém pensa em um novo produto, começando pela comunicação. Antes e depois dela há muitas coisas estratégicas que devem ser pensadas.
Por exemplo, presumindo que o seu produto, serviços e preço sejam competitivos que tal se perguntar e aos seus executivos coisas como:
– Que critérios de segmentação e de escolha de “target names” é utilizada?
– Quem é o dono desse processo?
– De quanto em quanto tempo ele é atualizado?
– Qual é a força de sua marca junto aos prospects?
– A jornada de seu lead até chegar à força de vendas é rápida e sem desvios de percurso?
– Como os vendedores tratam os leads? Como são motivados a transformá-los em clientes?
– E o marketing, o que faz?
– Qual a campanha de comunicações usada para cada tipo de prospect?
– A quantas anda o seu relacionamento com a distribuição?
– E depois da apresentação o que é feito?
– Como o prospect vai se manter ativo, especialmente no segmento b-to-b, se entre o contato de abertura e o primeiro pedido de proposta houver um longo intervalo, de muitos meses?
– Será que os meus resultados são o que preciso?
Para não o irritar, a palavra crise não foi usada, mas não dá para fugir.
Em um futuro próximo, qual o peso de novos negócios versus o peso dos clientes atuais para as suas vendas e rentabilidade. Será que os atuais estão em sua capacidade máxima de compras? Será que a situação me obriga a procurar novos clientes?
Se este for o caso, por que não comprar um kilo e aproveitar mais de 500 gramas?
Formado em Administração de Empresas pela FGV SP, tem mais de 40 anos de experiência em marketing, vendas e comunicação. Desenvolveu trabalhos para Citibank; Bacardi; Allianz; CEAL; Compaq; Credicard; Ericsson; Fedex; Ford; IBM; Microsoft; Motorola; Polibrasil; Pfizer; P&G; Reckitt Benckiser; Redecard; Roche; Sky; Sony; Syngenta; Telefônica e Unilever.